Em Paragominas, alunos eliminam criadouros do mosquito Aedes

 
Chegou o inverno amazônico e as mudanças climáticas propiciam a propagação de doenças virais, transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti. De acordo com os dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), em 2016 foram contabilizados 6.202 casos de dengue, 2.654 de zika e 668 de febre chikungunya, em todo o Pará.
 
Em Paragominas, a Universidade do Estado do Pará (Uepa) desenvolveu, no final do ano passado, por meio do Programa Campus Avançado, o Projeto Educação e Saúde: ação contra dengue, zika e chikungunya, na Escola Municipal Maria da Silva Nunes. O objetivo foi orientar os alunos do 5º ao 7º ano do Ensino Fundamental, sobre como se prevenir e tratar das doenças causadas pelo mosquito.
 
Os acadêmicos de Design, Thainam Lima Marinho, Josinaldo Souza da Luz, Beatriz da Silva Freitas, e os de Biologia, Élida Adriany Brito da Silva e Alice Silva Barbosa, orientados pelo professor coordenador do projeto, Thiago Guimarães Azevedo, ministraram palestras para detalharem as particularidades de cada doença. Os participantes aprenderam que a dengue possui quatro sorotipos diferentes do vírus, responsáveis em causar febre repentina, dores musculares, falta de ar e indisposição. A chikungunya caracteriza-se pelas intensas dores nas articulações. Já a zika apresenta sintomas que se limitam a aproximadamente sete dias.
 
Ao término das palestras, os alunos percorreram a escola à procura de objetos considerados criadouros de mosquito, como pneus e garrafas.  Pelo fato de a maioria ser usuário do aplicativo Pokémon Go, o professor Thiago Guimarães, ressaltou que assim como no jogo precisa-se capturar algo, o mesmo deveria ser feito na atividade, ao capturar objetos susceptíveis a proliferação do mosquito.  
 
“Fizemos uma leitura contemporânea com os alunos, ao comparar a captura do Pokémon com o caçar os mosquitos transmissores das doenças ou caçar os elementos que vão surgindo. Paragominas é uma região que tem muito caminhão, consequentemente há incidência de muitos pneus na cidade. É preciso cuidar dos possíveis criadouros do mosquito”, ressalto Thiago Guimarães.   
 
Texto: Renata Paes
Foto: Divulgação