Fortalecimento do SUS e educação interprofissional são temas de aula inaugural

 
 
Alunos do I Curso de Especialização em Saúde Pública na Rede Brasileira de Escolas de Saúde Pública: uma abordagem interprofissional participaram da aula inaugural do programa, proferida pela doutora em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de JaneiroRosa Maria Pinheiro de Souza. A professora, que coordena a Secretaria Técnica Executiva da Rede Brasileira de Escolas de Saúde Pública (RedEscola), falou sobre o tema Educação Interprofissional em Saúde: uma estratégia para o fortalecimento do SUS. A abertura do módulo foi realizada no dia 7 de outubro, no auditório do Serviço de Dermatologia  Prof. Miguel Saraty de Oliveira, no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), da Universidade do Estado do Pará (Uepa).
  
A primeira turma conta com 45 alunos. A especialização tem como objetivo capacitar e formar sanitaristas para atender a uma demanda emergente, devido ao crescimento de doenças tropicais como o sarampo, dengue e chicungunha, presentes na região Amazônica. Entre os objetivos também destacam-se a identificação e caracterização das necessidades de saúde da população; a formulação de estratégias para o controle e a prevenção de problemas de saúde pública; a capacitação de profissionais para desenvolver funções gerenciais de planejamento, direção e organização inerentes à administração de serviços; e a geração de ações para o desenvolvimento contínuo da qualidade dos cuidados de saúde. 
 
Para a professora Rosa Maria Pinheiro de Souza, o curso atende uma demanda de mais de 20 anos por formação de profissionais na área, com olhar para as especificidades da Amazônia. "Esse é o primeiro curso de especialização em Educação inteprofissional em saúde no estado e vai acontecer concomitantemente em outros 26 estados da federação. Estou bastante satisfeita com a dedicação com que a Uepa abraçou essa demanda e venceu diversas etapas para, em tão pouco tempo, concretizar esse projeto que põe fim a um hiato de mais de 20 anos sem a formação de profissionais sanitaristas no Estado e que precisam atender as demandas e necessidades específicas da nossa região", afirmou.
 
O coordenador do curso de Especialização em Saúde Pública, professor Napoleão Braun, reiterou a relevância da formação interprofissional para uma visão crítica sobre a saúde na região. "É um projeto que vem sendo planejado com muito cuidado no uso do recurso público. Inicialmente eram previstas apenas 23 vagas e nós conseguimos abrir 45 unindo doutores, mestres e especialistas em diferentes cursos de graduação e que vão contribuir com 'olhares' correspondentes às suas áreas de trabalho, elevando ainda mais o conhecimento sobre o assunto", concluiu.
 
Ao final do curso, o egresso estará apto a atuar como sanitarista na Saúde Pública, por meio do desenvolvimento de competências que permitam identificar e apresentar soluções aos problemas fundamentais e da área da saúde. O curso tem o apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Programa de Pós-Graduação da Uepa. A previsão para o término é setembro de 2020.
 
 
Texto: Nailana Thiely, com informações do CCBS/Uepa
Foto: Divulgação CCBS