Uepa realiza seminário sobre Educação na Amazônia

 

A Universidade do Estado do Pará (Uepa), por meio do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED), deu início na manhã desta quarta-feira, 16, ao V Seminário da Linha de Pesquisa Saberes Culturais e Educação na Amazônia. O evento ocorreu na Sala de Recitais, do Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE). A programação iniciou às 9h com uma apresentação artística cultural do grupo Xamã. Logo após, a mesa de abertura foi chamada para começar as atividades.

O reitor da Universidade, Rubens Cardoso, foi um dos componentes. Ele falou sobre o tema e a ampliação do programa de mestrado. “Se olharmos para a Amazônia vamos ver que estamos sempre trabalhando com uma agenda negativa. Temos que tomar parte, pois dificilmente alguém de fora vem resolver nossos problemas. O mestrado em educação é uma boa síntese sobre isso, de um lado a cultura, a interculturalidade, a educação, aquilo que tá no gene da Universidade no mundo todo. O curso vem produzir compreensão sobre isso nas suas linhas de pesquisas. Sempre tivemos uma taixa de acesso muito baixo, não porque temos poucas vagas, mas porque temos muitos candidatos. O repto que quero lançar aqui hoje à administração atual é que tanto em Santarém quanto em Marabá, que são dois pólos dentro da modalidade que nos é permitido pela Capes, possamos ampliar o curso para além capital” afirmou o reitor.

A conferência de abertura trouxe o professor da Universidade de Santa Catarina (UFSC), Reinaldo Matias Fleuri. “O tema que vou focalizar é a respeito da importância de aprender com os povos indígenas, o quê e porquê. Aprender o modo de vida que eles chamam de bem viver, que é um modo comunitário e em grande harmonia com a natureza. Esse modo é uma resposta aos grandes desafios que estamos enfrentando hoje num mundo que é dominado um processo destrutivo da natureza e por subjugação das pessoas uns pelos outros” contou Fleuri.

Para o coordenador da linha de pesquisa, professor Sérgio Correa, o tema vem ao encontro da necessidade de pensar sobre a diversidade cultural, como elemento fundamental para um processo de democratização da sociedade. “É importante entender que o conceito de interculturalidade vem se contrapor a outras noções que defendem a diversidade, mas defendem a diversidade num plano que tem limitações tanto teóricas epistemológicas, quanto no plano de produzir mudanças estruturais na sociedade que vão ao encontro de uma democratização na sociedade”, alegou Sérgio.

A programação vai continuar hoje até às 17h e amanhã, 17, a partir das 8h30. A atividade de hoje à tarde será a mesa de debate sobre Decolonialidade e Educação na Amazônia, com palestrantes da Uepa. Além do lançamento do livro Interpretação de Libras – retextualizando sinalizações de um professor surdo, do docente Ozivan Perdigão Santos, do curso de Letras – Libras da Uepa.

 

Texto e Fotos : Rachel Oliveira