Projeto de Piscicultura oferece alternativa de segurança alimentar e geração de renda

 
Nathalia e Leonardo apresentaram o projeto e responderam os questionamentos da comunidade.
 
A Associação dos Microprodutores do Barreirão, localizada no município de Castanhal, recebeu nesta segunda-feira, 29, representantes da Universidade do Estado do Pará (Uepa), que apresentaram à comunidade o projeto Piscicultura Familiar como Alternativa Socioeconômica, aprovado no edital de patrocínio 2021 do Banco da Amazônia, sob coordenação da professora Aline Sardinha, desenvolvido com o apoio técnico do Escritório Local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater).
 
Durante o encontro com os produtores, os bolsistas Leonardo Chaves e Nathalia Gomes Machado, estudantes do 6º semestre de Engenharia Ambiental e Sanitária, do Campus XX da Uepa, destacaram que o obejtivo do projeto focaliza, simultaneamente, a segurança alimentar e a geração de renda, tendo em vista que a criação de peixes resultará em uma fonte de proteína garantida para a dieta das famílias envolvidas e que o excedente poderá ser vendido no comércio local. 
 
Na ocasião, o presidente da Associação, Benedito Silva da Cunha, expôs as preocupações da comunidade com prazo de execução do projeto, inclusive para a estruturação dos tanques de criação e solicitou o estabelecimento de uma agenda junto às instituições parceiras. Nesse sentido, professora Aline Sardinha explicou que "até o final do mês de dezembro o projeto será finalizado e que haverá tempo para executar todas as ações previstas", assegurou.
 
A secretária da Associação, Keila Nascimento, afirmou que "a comunidade é privilegiada por receber projetos como esse. Já tivemos a experiência do projeto de construção das fossas, que deu certo. Se a gente for analisar o local que a gente está, o terreno que a gente tem, dá para nós tirarmos todo o nosso sustento e fazer a nossa feira, para vender o excedente. E o melhor, sem custo para as nossas famílias. Vai dar certo se a comunidade se unir e acreditar", concluiu.
 
O sociólologo da Emater, Henrique Soares também elogiou a iniciativa da Uepa, de atentar para as necessidades da comunida do Barreirão, que possui 37 famílias. Professor Rubens Cardoso, engenheiro agrônomo e integrante do projeto, afirmou que a experiência acumulada na área, desde os anos de 1980, o habilita a afirmar que em parceria com a Emater, o projeto terá o êxito esperado. "A piscicultura no mundo inteiro cresceu. E essa é uma alternativa que não polui, não desmata, produz alimento e renda para a população. Hoje, com o cultivo do tambaqui e da tilápia, a gente também já aproveita a grande experiência que a Emater tem, inclusive na produção de ração", explicou.
 
Texto e fotos: Guaciara Freitas (Ascom Uepa)