Teleatendimento médico segue com foco no interior do Estado

 
O serviço de atendimento médico por telefone, ofertado pelo Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade do Estado do Pará (Uepa) às pessoas suspeitas de infecção pelo novo Coronavírus, entra na terceira semana de atuação, com profissionais disponíveis das 8h30 às 20h, de segunda a domingo. A escala desta semana (25 a 31/5) já está disponível.

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A preocupação da equipe de médicos é atender não somente a população da capital, mas ligações de moradores das regiões mais distantes de Belém. “A fase epidemiológica da pandemia está mudando, descentralizando da capital para os municípios, onde sabemos que as necessidades quanto à quantidade de médicos, equipamentos, hospitais e até orientações, são mais precárias. Isso foi constatado nos atendimentos das outras semanas, onde já concluímos que a maior parte dos telefonemas de fora de Belém é dos 16 municípios que possuem campi da Uepa”, explica a coordenadora da ação de Teleatendimento e diretora do CCBS, Vera Palácios. 
 
Diferente da última semana, agora o serviço oferece dez médicos por dia, sendo dois à disposição ao mesmo tempo, a cada plantão de 2h. No total, a ação conta com 54 médicos ligados à Uepa, sejam eles docentes, aposentados, residentes ou ex-docentes e até mesmo, ex-alunos. O trabalho é voluntário, solidário e humanista.
 
Desde o início, no último dia 11 de maio, o Teleatendimento tem registrado centenas de ligações diárias, de diferentes municípios do Pará.  A professora Vera Palácios reforça que o serviço consiste em dar orientações e aconselhamentos de atenção primária, sem prescrição de receitas. O objetivo é evitar idas desnecessárias às unidades de saúde. Em casos graves, o paciente deve se dirigir às Unidades de Pronto Atendimento (UPA) ou hospitais. “Intencionamos que o Pará todo possa ter essa oportunidade de acesso, quanto à necessidade de esclarecimentos importantes e necessários para condução de casos simples ou orientação de encaminhamento dos casos que o médico assim julgar necessário”, frisa.
 
A ação é uma iniciativa do CCBS, com apoio da Gestão Superior da Universidade e colaboração de diversos setores e servidores da Universidade. Além disso, a ação conta com o apoio da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), que emprestou aparelhos celulares, e de empresas privadas, que doaram telefones utilizados durante o atendimento. 
 
A utilização deste modelo de teleatendimento médico é estimulada pela Portaria Nº 467, do Ministério da Saúde, que regulamenta atendimentos médicos à distância, porém a liberação da telemedicina será válida apenas durante a pandemia do Coronavírus. 
 
Texto: Ize Sena
Foto: Pedro Guerreiro