Enfermagem inaugura Espaço de Práticas Integradoras

 
A Escola de Enfermagem Magalhães Barata, o Campus IV da Universidade do Estado do Pará (Uepa), agora dispõe de um ambiente dedicado à busca do equilíbrio e da harmonia do ser humano. Trata-se do Espaço de  Práticas Integradoras, inaugurado nesta sexta-feira (13), em parceria com o Conselho Regional de Enfermagem do Pará (Coren-PA) e com o apoio da Associação Brasileira de Enfermeiros Acunputuristas e Enfermeiros de Práticas Integrativas (Abenah).
 
Antes de conhecer o novo espaço, o público, que lotou o auditório do campus, participou de uma apresentação sobre as práticas e de um momento de meditação. Essa é uma das atividades oferecidas, além de Reiki, Auriculoterapia, Aromaterapia, Cromoterapia, Musicoterapia e Cristaloterapia.
 
O espaço de Práticas Integrativas surgiu com o desejo de melhorar a qualidade de vida da comunidade acadêmica do Curso de Enfermagem, composta por 540 alunos de graduação, 150 professores e 56 técnicos-administrativos. “Esse espaço é de acolhimento não só para os alunos, mas para nós, professores, pois vai nos dar saúde mental, fazer cada um de nós melhores e fazer ciência. Essa energia todo mundo tem que sentir e é isso que queremos no nosso campus”, explicou a coordenadora do Curso de Enfermagem, Margarete Bittencourt.
 
Presente à entrega do Espaço, o vice-reitor, Clay Chagas, parabenizou a equipe e considerou o ambiente fundamental, devido ao tempo de permanência de alunos e professores na Instituição. “A Universidade acaba sendo a segunda casa para nós e esse é o melhor momento da nossa vida, do ponto de vista estudantil. Mas a pressão acaba produzindo adoecimento, com efeitos negativos e altos índices de suicídio e depressão entre os jovens, que não estão preparados. Então, a gente precisa se cuidar, acolher o aluno, ser um lugar de pesquisa e de exercício da profissão”.
 
As práticas integrativas foram adotadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2018. No entanto, na Uepa, a disciplina Terapias Alternativas, com uma carga horária de 40h, é ministrada há dez anos, sendo obrigatória desde os últimos seis. “Houve a necessidade de expandir a disciplina porque as práticas eram em sala de aula, mas professores e alunos pediam. Somos vanguardistas por ser a única universidade que trabalha com práticas integrativas”, explicou a responsável técnica do Espaço e professora da disciplina, Andreza Ozela. 
 
O aluno do 5º semestre, Jonas Macedo, foi um dos que comemorou a entrega do Espaço à comunidade. Ele, que chegou a cursar Licenciatura em Música e conhece os benefícios da musicoterapia, acredita que o espaço vai agregar valor à formação do futuro enfermeiro. “Essa sala, para a gente, vai ser um processo de cura, de readaptação e integração do aluno de maneira 100% com o que ele quer, de processos pessoais e profissionais”, afirmou.
 
À princípio, os atendimentos serão de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h, e destinados aos alunos do Campus. No entanto, a ideia é expandir as atividades também para o turno da tarde e contemplar professores e comunidade externa. As ações serão realizadas de forma conjunta e/ou individualizada e integradas ao Ambulatório de Enfermagem do Campus.
 
Texto: Ize Sena
Foto: Márcio Dias