Criação do Núcleo de Formação Quilombola em pauta na Uepa

 
A reunião contou com a presença de representantes da Malungu, instituição defensora dos direitos das comunidades quilombolas no Pará.

 

Na última quinta-feira, 19, a Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da Universidade do Estado do Pará (Uepa), promoveu uma reunião para tratar da criação do Núcleo de Formação Quilombola da Uepa. O projeto surgiu a partir do interesse de promover um espaço de formação, extensão e pesquisa para comunidades quilombolas do Pará.

A reunião, realizada na Proex, contou com a presença de representantes da Coordenação das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombo do Pará – Malungu, instituição que representa as mais de 500 comunidades quilombolas paraenses nos planos estadual e nacional. Inicialmente, a Uepa faz o processo de escuta do movimento quilombola para compreender suas necessidades e desafios enfrentados que afetam o acesso ao ensino superior e permanência na universidade.

De acordo com o professor da instituição e diretor de extensão da Uepa, Aiala Colares, responsável pelo desenvolvimento do projeto, "uma reunião on-line será realizada envolvendo as associações das comunidades quilombolas que são representadas pela Malungu. Nessa reunião, serão debatidos as propostas do projeto, bem como finalidades e metas a serem alcançadas que devem estar conectadas com o desenvolvimento das regiões de integração e incentivo à bioeconomia”.

A Malungu atua em colaboração com a Uepa na articulação com as demais comunidades que serão assistidas pelo Núcleo. Segundo Elida Monteiro, coordenadora de educação da instituição, “a Malungu está trazendo dados e informações quanto às demandas das comunidades quilombolas no território paraense. A importância de promover um Núcleo de Formação Quilombola se dá a partir das necessidades de uma educação continuada eficiente em que os nossos estudantes quilombolas consigam de fato, estar inseridos nos cursos de graduação atendendo suas necessidades culturais e regionais”.

Serão realizadas consultas às lideranças quilombolas e às coordenações das associações das comunidades do Pará. Os próximos passos tratarão da  elaboração da proposta de maneira fundamentada a partir dos relatos coletados nas reuniões e nos documentos oficiais que legitimam e justificam a efetivação da iniciativa proposta pela Uepa. O projeto finalizado será apresentado na Uepa para a aprovação da gestão superior.

Texto: Messias Azevedo (Ascom Uepa)
Foto: Josi Mendes (Ascom Uepa)