Comunidade Acadêmica é testada para Covid-19 em mais uma fase de verificação

 

 

Mais de mil pessoas da comunidade acadêmica foram atendidas em três postos de testagem rápida para Covid-19, organizados em dois campi e na Reitoria da Universidade do Estado do Pará (Uepa), de segunda (19) a quinta-feira (22), na terceira fase de testagem de servidores, prestadores de serviços e alunos da Instituição. Esta ação, coordenada pela gestão superior, com apoio do curso de Enfermagem, da Comissão de Desenvolvimento de Pessoas (Codepe) e do Comitê de Biossegurança da Uepa, também foi realizada em todos os 16 campi da Universidade localizados fora da capital, de acordo com um calendário iniciado em setembro e adequado pela coordenação de cada campus. “Para todos os campi foram disponibilizados testes em quantidade suficiente à verificação de docentes, técnicos e funcionários de empresas terceirizadas, de modo que essa etapa foi concluída e os dados estão sendo encaminhados gradativamente”, informou o vice-reitor, Clay Chagas.

Na sede administrativa da Uepa, em Belém, onde a testagem ocorreu de segunda à quarta-feira, foram testados 640 servidores e prestadores de serviço em atuação na Reitoria e no Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE). Desse número, 550 tiveram resultado negativo e 90, positivo. Já no Campus V, o Centro de Ciências Naturais e Tecnologia (CCNT), foram realizados 325 testes, dentre os quais 255 foram negativos e 66 positivos. No CCNT, o público atendido incluiu os estudantes dos cursos ofertados no campus.

Entre os três pontos instalados para esta fase de testagem da comunidade acadêmica na capital, o Campus IV, Escola de Enfermagem Magalhães Barata, que funcionou de terça (20) a quinta-feira (22) foi o que apresentou maior número de testes positivos: do total de 209 pessoas examinadas, 172 atestaram positivo e 37, negativo. Na avaliação da professora do curso de Enfermagem, responsável pelas equipes de trabalho distribuídas nos campi e na Reitoria, Lidiane Vasconcelos, esse número elevado quando comparado com os resultados dos demais postos, reflete a realidade dos profissionais e estudantes da área, que estão expostos ao contato com o vírus SARS-CoV-2 nas atividades laborais e acadêmicas. Ainda assim, a enfermeira ressalta que “o maior número de testes que indicaram negativo quando se observam os resultados gerais, significa que as medidas recomendadas pelo Comitê de Biossegurança da Uepa estão sendo seguidas pela maioria das pessoas na Instituição e estão funcionando como barreira de proteção e medidas de prevenção, como se espera”.

A professora também destaca a importância de as pessoas entenderem que o resultado do teste não serve para fazer diagnóstico e afirmar se a pessoa está com Covid-19. Isso porque os testes rápidos, fornecidos pela Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), seguem o método qualitativo, com verificação de IgG e IgM simultaneamente. "Não é possível, somente com este teste rápido, saber se a pessoa está com a doença e ainda em fase de transmissão ou se já teve Covid-19 e está atestando positivo para a presença de anticorpos”. Por essa razão, para complementar a interpretação dos resultados, todas as pessoas testadas necessitam preencher um formulário padrão, a ser encaminhado para a Sespa, junto com toda a documentação. De acordo com a professora Lidiane Vasconcelos, “quando o teste dá positivo e a pessoa informa que já apresentou os sintomas, sobretudo em meses de surto, é mais provável que ela tenha tido a doença e que o positivo seja para anticorpos”.

Esse foi o caso da coordenadora da Codepe, Vivianny Lima Rosa. Ela já havia apresentado os sintomas no mês de agosto e atestou positivo. Vivianny Rosa afirma que para a Codepe, essas testagens integram as ações do Programa de Acompanhamento de Fatores da Saúde do Servidor. Na avaliação dela, “houve grande interesse das pessoas em fazer o teste”. Nesse sentido, o vice-reitor da Uepa, Clay Chagas, afirma que o objetivo da Instituição é fazer retestagens periodicamente, enquanto a parceria com a Sespa disponibilizar os testes rápidos, pois essa também é uma forma de dar tranquilidade à comunidade acadêmica e de contribuir com o controle epidemiológico”.

Uma sondagem entre as pessoas que aguardavam os resultados indicou que muitos torciam para atestar positivo, na esperança de já terem anticorpos. Esse era o caso da servidora Milene Oliveira Fernandes (foto), que conviveu com o pai e o marido, diagnosticados com Covid-19, e já havia realizado teste rápido que resultou negativo. Quanto à expectativa das pessoas por um resultado positivo, a enfermeira e professora Lidiane Vasconcelos, ressalta que “isso é muito delicado, porque nunca se sabe como o organismo de cada um vai reagir, portanto, enquanto não há tratamento, nem vacina, o mais seguro é evitar o contato com o vírus”.

Em relação ao afastamento das atividades, professor Clay Chagas esclarece que “quando a pessoa informa no questionário ainda não ter apresentado os sintomas em momentos anteriores ou está com os sintomas atualmente e o resultado atesta positivo, a recomendação do Comitê de Biossegurança da Uepa é que o afastamento seja feito pelo período de dez dias”.

A iniciativa desta fase associa-se a outras, realizadas alternadamente, desde o mês de abril, para avaliar a condição de saúde das pessoas que fazem parte do dia a dia da instituição. Assim, os primeiros testes contemplaram quem não poderia se afastar do trabalho, as pessoas de grupos de risco e os que atuavam nos serviços de assistência médica do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), onde os exames são realizados por meio dos Laboratórios de Análises Clínicas e de Microbiologia Aplicada. 

 

Texto: Guaciara Freitas, jornalista, Ascom/Uepa.
Fotos: Nailana Thiely e Guaciara Freitas, Ascom/Uepa.

 

Nota 

A Assessoria de Comunicação da Uepa foi comunicada no dia 3 de novembro de 2020, que os números referentes aos casos positivos e negativos na Escola de Enfermagem, informados pela coordenação das atividades de campo, foram trocados. Desse modo, também no Campus IV, o número de pessoas que atestaram negativo foi maior: 172. E 37, positivo.

Decorrido o tempo entre a publicação da matéria (23/10) e a informação corrigida, repassada na data de hoje (03/11), além do número de acessos e do compartilhamento da notícia, optou-se manter o texto original na íntegra e corrigir os dados nesta nota.