Natácia e Nívea, histórias de vida tecidas junto com a Uepa

 
Natácia Silva, à esquerda, e Nívea Almeida, ex-alunas da Uepa, hoje coordenadoras de campi da universidade fora da capital.

 

No listão dos aprovados no primeiro vestibular da então Faculdade de Educação do Pará (FEP), realizado em 1989 no município de Conceição do Araguaia, constava o nome de Nívea Maria Coelho Barbosa, que já trabalhava como professora de séries iniciais na Fundação Bradesco. E no mesmo ano da formatura, em 1993, no dia 18 de maio, a FEP, juntamente com as faculdades de Enfermagem, Medicina e Educação Física dava lugar à Universidade do Estado do Pará (Uepa).

 

Àquela época, a professora Nívea já sonhava um dia ministrar aulas na Uepa. Conseguiu! Não sem antes alcançar postos de gestão e de docência em outras instituições, até que em 2006 foi convidada para trabalhar como assessora pedagógica e professora da universidade. Aprovada em concurso em 2013, assumiu em 2015, sem imaginar que viria a ser coordenadora do campus VII, o primeiro da Uepa fora da capital paraense. 

 

Filha de pai piauiense e mãe pernambucana, Nívea é paraense nascida em Conceição do Araguaia, onde foi criada e formou a própria família. “Na minha vida a universidade é um divisor de águas. Se não fosse a Uepa não teria tido a oportunidade de estudar, porque casei muito jovem e seria muito difícil sair para estudar”, relembra. 

 

Recém-eleita para uma segunda gestão como coordenadora do campus VII, Nívea Almeida reflete sobre a importância da Uepa para o sudeste paraense: “eu sempre senti desejo de contribuir com o progresso da universidade na região. Para mim, é uma honra muito grande ter sido aluna da Uepa e hoje ser coordenadora do campus e saber que essa universidade aqui mudou a vida de muitas pessoas”.

 

Enquanto isso em Castanhal …  

  

Em 2005 a jovem Natácia Silva se preparava para escolher a profissão a seguir, e decidiu prestar o processo seletivo para o curso de Tecnologia de Alimentos, no campus VI da Uepa. Aprovada, mudou de cidade, e aos 17 anos foi morar em uma república estudantil em Paragominas, onde viveram Vanderson Dantas e Bruna Almeida, também estudantes de Tecnologia de Alimentos da Uepa no município. O trio prestou o mesmo concurso para professor da universidade e os três foram aprovados. Bruna foi para Marabá, Natácia para Cametá e Vanderson para Redenção.

 

Natácia, além de professora, está há três anos como coordenadora da Uepa, campus XVIII. Inicialmente como substituta e depois como eleita. Graças ao apoio da equipe técnica do campus, ela também consegue assumir a coordenação do Núcleo de Empreendedorismo da universidade e organiza um calendário de atividades que se divide entre Cametá e Belém.

 

Sonhos e metas são palavras frequentes nas falas e na vida da professora, que identifica o empreendedorismo como carro-chefe de suas iniciativas, até mesmo nas pesquisas que orienta nos trabalhos de conclusão de curso. Aos 36 anos, Natácia percebe que o modo como conduz a carreira e a vida, serve como inspiração para as alunas e outras jovens da região do Baixo Tocantins, que a conhecem nas diversas ações que promove, dentro e fora do campus da Uepa em Cametá. “Eu noto que, às vezes as pessoas não têm sonhos. E as meninas vêem que eu trabalho, estudo e ainda me divirto. Aos olhos das meninas, sou uma pessoa bem-sucedida e isso acaba sendo um exemplo para elas”, comenta.

 

Natácia e Nívea, ex-alunas da Uepa e atuais coordenadoras de campus, possuem um vínculo com a instituição, tecido ao longo das próprias histórias de vida. E isso se reflete no modo como definem o compromisso com a Uepa.  “Nós temos a responsabilidade de manter essa história viva, porque é uma história muito bonita e não pode enfraquecer, nem ser esquecida. Estamos aqui para manter essa chama acesa, através do nosso trabalho”, conclui Nívea.

 

Texto: Guaciara Freitas (Ascom Uepa)

Fotos: Laís Teixeira (Ascom Uepa) e acervos pessoais